Não tem certeza de onde vai, nem de onde veio, nem mesmo de porque caminha.
Apenas caminha.
Um pé, depois o outro, mais uma vez o um, outra vez o outro.
Andar.
Existe sentido na vida? Ele não sabe, nem se preocupa. Só caminha.
Da casa para o trabalho, do trabalho para o barzinho, do barzinho pra outro lugar, de outro lugar a outro e assim todos os dias, todas as semanas, os meses, os anos, os séculos. Até milênios talvez…
O homem caminha desde que seu mais antigo ancestral desceu das árvores.
Aos domingos pra igreja, as terças pra feira, aos sábados pra casa da sogra, nas férias pra praia, nas quartas pro estádio, e uma vez ou outra ao médico.
E no fim, na última caminhada, caminha-se deitado. Acompanhado. Outros homens ao seu lado. Caixão de mogno encerado. São sete palmos descampados. Et omnis motus finem.
Quase um mini conto com uma condensação perfeita. Adorei.
ResponderExcluirNão sei se cabe sugestões aqui, se quiseres me contata.
Bjs
Sempre aberto a sugestões minha cara.
ResponderExcluirAbs
Somos eternos caminhantes, um pé após o outro, quase sempre sem prever qual será o próximo caminho, nem como será... Parabéns e grande abraço!
ResponderExcluirObrigado Sônia.
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