Sozinho
parece tão grande o apartamento
me sinto abandonado pelo tempo
que teima em passar, sem parar.
Lembro
dos sonhos todos que sonhamos
coisas que juntos planejamos,
mas que ficaram para trás.
Agora
só a solidão me abre os braços
me acolhendo num abraço
do qual não consigo escapar.
Até sei
que a vida ainda continua,
mas sem a presença tua
falta vontade pra viver.
O beijo amargo do sisudo ceifeiro
me arrastará de corpo inteiro
até onde tu estás.
O contato frio desses lábios;
se existe um céu e um inferno
aonde pode me levar?
Minha filha está vivendo este apartamento que ficou vazio lá do outro lado do mar.
ResponderExcluirA dor... a entrega obscura... O possível que não vemos, não podemos tocar... a morte, melhor fosse.
Tu foste perfeito, Tiago.
Obrigado Vana.
ResponderExcluirO interessante é que a inspiração me veio assim do nada, nunca passei pela situação, mas imagino que deve mesmo ser uma barra...