Corria o cão
Sem raça
E pela areia deixava as pegadas
As ondas
Absorviam mais aquela memória
O vento
Carregava
Sábio mar
Apanhador desaberes
Minúsculos conhecimentos
Dos minúsculos grãos esvoaçantes
O vento só leva
Não guarda
“Se querem, busquem” – ele sopra
E põe-se a correr
O mar fica ali
Tempo gordo,
Hora cansado
O vento some
Vezes cortante
Outrora
Apressado
Ela fica com os dois
Aprendeu com seus antigos
Nunca desprezar os deuses do cognitio
Num mergulho apanha o alimento
E às vezes
Vai com o vento
Quando volta
As pegadas
Não mais existem
Extraviadas pelo mar ou pelo vento
Não importa
Lá de cima, realmente não importa
Só espera as próximas pegadas
É tão lindo ser gaivota
Nenhum comentário:
Postar um comentário