segunda-feira, 23 de maio de 2011

Acessão (Marcio Ochner)

Muita água corre,
logo ali, abaixo da ponte.
Rio que sorri em suas curvas,
a cessação da vida...
de Ph vazio e sujo...
Escória mortal...
Sedento por morte...
Então, cospe a penas secas...
Não, não da para obtê-la,
Há moléculas mortais,
Borra sorvida em água...
Sedenta por filtro humano,
Molecular sustento excremental,
Que desliza, move-se sobre a água...
Onde a visão novamente alcança...
um pouco mais de coisa mal feita,
correspondência navegante...
Que alivia somente o que o vento transporta,
Alimentando voantes ovíparas pretas,
de carniceiros bicos e fome mortal...
Da morte natural que flutua ao abrigo dela.

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