quinta-feira, 22 de março de 2012

Nômade (Marcio Erino Ochner)

Sofia quando experimentava inferências da vida,
Berrava às paredes fissuras em massa corrida...
Seu corpo golpeava-se ao absorver ares impuros,
Gritava perdidamente em devaneio.


Nesse momento, tocavam em seu interior,
Notas impuras, que cheirava a charuto e pinga,
Gritavam, maldita, maldita...
Não servia sequer para passar daqui pra lá,
Continuava estreitando-se, até ficar só.


Sofia dava para quais quer motivo de pudor,
Nesse espaço mundano, era exemplo de vergonha...
Havia maldade em seu interior,
Existente de particularidade putativa...


Fora desse, manufaturava bem pior,
Gritando aos leões, que se alimentavam de sua face fétida, impura...
Urgindo, tateavam em seu corpo impuro ao gozo da carne humana,
Mastigavam, comiam-na.


(Marcio Erino Ochner)

5 comentários:

  1. Que belo poema Marcio! Parabéns pela sensibilidade na escolha exata das palavras. Ficou uma bela composição.
    Abraço.

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  2. Obrigado pela sua colocação... Abração Tiago!

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  3. desculpe, minha esposa gosta de entrar e não sair conforme as regras...risos
    Mais fica ai minha fala... abraços

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