quinta-feira, 23 de junho de 2011

Solidão (Marcio E. Ochner)

Cansada da espera
Juntava-se ao álcool do copo sobre a mesa,
Acreditava que a libertava de algo.

Desmemórias existiam naquele instante...

A única coisa que restava dar cabo, era a sua própria vida,
Na falta de um amor,
Da vida sem amigos,
Desejava insistentemente,
Dar cabo naquele instante...
Afogava-se no álcool do copo sobre a mesa.

Largava seus pensamentos na esperança de um vestígio vital,
Devaneios empoeirados,
Variava entre idéias do copo sobre a mesa...
Mais seu único e inseparável companheiro, era a solidão.

Corria em seus pensamentos...
Desnuda de insanidade...
Numa rua obscura de densidade rasteira,
Seu coração encontrava-se cansado...
De amor que nada obteve...
Morreria sem a palavra correta para descrevê-la.

Desenhava seu sentimento de alusões sobre a mesa.

Corria entre os dedos...
De olhos apurados,
Deparava-se com as mãos ao joelho,
Chuva...
Escorria-lhe as lágrimas ante seu olhar pintado,
Aguardava,
Seu amor que já partiu,
Novamente a solidão,
Num copo,
Que quebra,
morre.

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