Para identificar um PS, basta observar qualquer evento social. Ele estará próximo de alguém que tenha poder, status ou influência. O puxa-saquismo lateral, no mesmo nível, não existe.
O gaúcho Mario Quintana alertava: “sempre me senti isolado nessas reuniões sociais, o excesso de gente impede de ver as pessoas”.
Não se devem confundir as técnicas de um PS com a sintonia humana. Ela acontece quando duas pessoas se conhecem e percebem alguma afinidade, naturalmente. O PS cria a situação, premedita. É possível que odeie peixes, mas ao descobrir a afinidade do “alvo” com pescaria, compra equipamentos, estuda os tipos marinhos, consulta os entendidos e parte para o ataque.
O PS, quando vê a aproximação do seu alvo muda o tom da voz, interrompe uma conversa já iniciada e pode, até mesmo, sair de uma fisionomia fechada para um sorriso aberto.
O alvo do PS, com o passar do tempo, percebe a necessidade química do dependente e passa a usufruir da espontaneidade, disponibilidade e voluntariedade. Daí se aplica o pensamento de Nélson Sargento: “Você finge que me ama e eu finjo que acredito”.
Até pensei em lançar o livro “100 maneiras de identificar um Puxa-Saco”, mas lembrei que talvez fosse necessário ter que puxar o saco de algum editor, para convencê-lo a acreditar no projeto. Então, peguei o rascunho e escondi no fundo do cofre que fica num lugar secreto. A chave reserva do cofre está com um amigo oculto. Se eu for sequestrado ou sumir do mapa, ele manda pra editora.
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Marcelo Lamas, autor de “Mulheres Casadas têm Cheiro de Pólvora”. marcelolamas@globo.com
Como já trabalhei em órgãos públicos, conhecí muitos espécimes de PS...
ResponderExcluirA descrição das características do mesmo, está bem fiel.